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Vale a pena investir nos novos ETFs do Nubank? Saiba tudo sobre o HIGH11 e o LVOL11

Vale a pena investir nos novos ETFs do Nubank

No texto abaixo você vai encontrar tudo o que é preciso saber para decidir se vale a pena investir nos novos ETFs do Nubank

O Nubank (ROXO34) continua expandindo sua atuação no mercado financeiro com o lançamento de dois novos ETFs: HIGH11 e LVOL11. Desenvolvidos em parceria com a B3, ambos são baseados em índices Smart Beta do Ibovespa e estão disponíveis para investidores na Bolsa de Valores.

Se você está pensando em investir em ETFs, é importante entender as características e objetivos de cada um antes de tomar sua decisão. Vamos explorar mais sobre esses produtos e como eles podem se encaixar na sua carteira de investimentos.

O que são ETFs?

Os ETFs (Exchange Traded Funds) são fundos de investimento negociados na Bolsa de Valores, onde o investidor pode comprar ou vender cotas, similar às ações. No Brasil, esses fundos seguem a gestão passiva, ou seja, buscam replicar a performance de um índice ou setor específico, conforme uma metodologia pré-estabelecida. Ao contrário dos fundos ativos, não há seleção de ativos baseada em convicções pessoais do gestor, o que costuma gerar menores taxas de administração.

O que é o Smart Beta?

A estratégia Smart Beta ajusta a composição dos ativos de um fundo para tentar superar os índices tradicionais, como o Ibovespa. Essa abordagem combina elementos de gestão passiva e ativa, buscando otimizar a performance ao longo do tempo. Nos ETFs do Nubank, essa estratégia visa oferecer retornos diferenciados, permitindo ao investidor ter mais flexibilidade em sua carteira.

Quais são os principais tipos de ETFs?

Os ETFs variam bastante em suas estratégias e objetivos. Alguns exemplos incluem:

  • ETFs de Índice (como o que replica o S&P 500);
  • ETFs de Renda Fixa;
  • ETFs Setoriais, que dão exposição a setores específicos, como tecnologia ou saúde;
  • ETFs de Multiativos, que investem em uma mistura de outros ETFs;
  • ETFs de Commodities;
  • ETFs de Estilo, focados em estratégias como empresas de crescimento ou de valor.

Essas diferentes opções permitem ao investidor diversificar suas aplicações de acordo com seus objetivos e perfil de risco.

Vantagens de investir em ETFs

Investir em ETFs oferece várias vantagens. Primeiro, há a liquidez: você pode comprar ou vender cotas diretamente na Bolsa. Além disso, os custos são reduzidos, especialmente em comparação com fundos de investimento ativos, cujas taxas de administração costumam ser significativamente maiores.

Em média, as taxas de administração dos ETFs no Brasil giram em torno de 0,40%, enquanto fundos ativos podem cobrar cerca de 2%. Isso torna os ETFs uma alternativa interessante para quem busca otimizar custos em seus investimentos.

O mercado de ETFs no Brasil

Os ETFs começaram a ser negociados na B3 há 20 anos, em 15 de julho de 2004. O primeiro fundo do tipo foi o PIBB11, que segue o índice IBrX-50. Embora esse mercado tenha crescido nas últimas duas décadas, ainda é pequeno comparado aos Estados Unidos. Nos EUA, os ETFs representam cerca de 20% do mercado de fundos, enquanto no Brasil, essa participação ainda é de apenas 0,49%.

Nos últimos anos, vimos um aumento significativo no número de ETFs no Brasil, com lançamentos de produtos cada vez mais específicos, como o NDIV11, o primeiro ETF a pagar dividendos.

Conheça os novos ETFs do Nubank: HIGH11 e LVOL11

Agora que você já sabe o que são ETFs e como funcionam, vamos falar especificamente sobre os novos produtos lançados pelo Nubank: o HIGH11 e o LVOL11.

HIGH11: ETF com foco em alta volatilidade

O HIGH11 é voltado para ações com alta volatilidade, ou seja, aquelas que têm maior sensibilidade ao Ibovespa. Isso significa que ele pode gerar maiores retornos em momentos de alta, mas também apresenta riscos elevados em cenários adversos. A carteira é rebalanceada a cada quatro meses e conta atualmente com 28 empresas, como Hapvida, BRF e Locaweb.

Vale ressaltar que o fundo tem um limite máximo de 10% por ação, apesar de a maior alocação representar apenas 5,25% do portfólio.

Carteira HIGH11. Fonte: B3.
Carteira HIGH11. Fonte: B3.

Se o HIGH11 estivesse em operação desde 2006, teria apresentado uma oscilação média 20% maior que o Ibovespa, o que indica sua maior sensibilidade às variações do mercado.

LVOL11: ETF com foco em baixa volatilidade

Por outro lado, o LVOL11 segue uma estratégia oposta: focar em ações de menor volatilidade. Esse ETF é ideal para investidores que buscam mais estabilidade e menos risco. Ele também é rebalanceado a cada quatro meses e tem 28 empresas em sua carteira, incluindo Taesa, BB Seguridade e Engie, contando com a regra de exposição máxima de 10% por ação.

Carteira LVOL11. Fonte: B3.
Carteira LVOL11. Fonte: B3.

Se o LVOL11 estivesse disponível desde 2003, teria reduzido em 20% a volatilidade em comparação ao Ibovespa, oferecendo maior resiliência em momentos de crise.

Qual a rentabilidade dos novos ETFs do Nubank?

O desempenho histórico simulado para o HIGH11 e o LVOL11 mostra uma clara distinção em termos de rentabilidade e risco.

Entre 2016 e 2018, o HIGH11 teria apresentado uma rentabilidade de +289%, enquanto o Ibovespa subiu +130%. No entanto, em meados de 2022, o índice teria sofrido um prejuízo de -46%, contra uma queda de -26% do Ibovespa.

Desempenho do HIGH11 em diferentes cenários. Fonte: Quantum, B3 e Nubank. Vale a pena investir nos novos ETFs do Nubank?
Desempenho do HIGH11 em diferentes cenários. Fonte: Quantum, B3 e Nubank.
Retornos acumulados do HIGH11. Fonte: Quantum, B3 e Nubank. Vale a pena investir nos novos ETFs do Nubank?
Retornos acumulados do HIGH11. Fonte: Quantum, B3 e Nubank.

No mesmo período, o LVOL11 teria gerado um retorno de +67%, menos agressivo, mas com menor risco.

Desempenho do LVOL11 em diferentes cenários. Fonte: Quantum, B3 e Nubank. Vale a pena investir nos novos ETFs do Nubank?
Desempenho do LVOL11 em diferentes cenários. Fonte: Quantum, B3 e Nubank.
Retornos acumulados LVOL11 desde 2003. Fonte: Quantum, B3 e Nubank. Vale a pena investir nos novos ETFs do Nubank?
Retornos acumulados LVOL11 desde 2003. Fonte: Quantum, B3 e Nubank.

Nos momentos de queda do mercado, como em 2022, o HIGH11 teria caído -46%, enquanto o LVOL11 teria limitado a queda para -10%. Esse comportamento reflete bem as características dos dois ETFs, um mais agressivo e outro mais conservador.

Vale a pena investir nos ETFs do Nubank?

Ao avaliar os ETFs do Nubank, é essencial que o investidor entenda seu perfil de risco. Se você busca maior potencial de retorno e está disposto a aceitar mais volatilidade, o HIGH11 pode ser uma opção interessante. No entanto, como vimos, ele tende a sofrer em períodos de maior incerteza no mercado.

Já o LVOL11 é ideal para quem deseja uma abordagem mais cautelosa e está disposto a abrir mão de ganhos maiores em momentos de alta da Bolsa em troca de mais segurança nos momentos de adversidade.

Se você é um investidor que está começando na Bolsa ou tem um perfil mais conservador, o LVOL11 pode ser uma excelente porta de entrada. No entanto, mesmo esse ETF ainda envolve riscos, por isso, é importante começar com cautela e diversificar sua carteira.

Conclusão

Investir nos ETFs HIGH11 e LVOL11 do Nubank pode ser uma excelente oportunidade, mas é crucial entender o seu perfil de risco e o momento do mercado. O HIGH11 oferece maiores retornos, mas com mais risco, enquanto o LVOL11 proporciona mais estabilidade.

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